segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Manoel Bandeira

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

– Eu faço versos como quem morre.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

É inútil


Hoje em dia, a sociedade, da mais valor para jogadores de futebol do que para bombeiros, políciais ou professores.
O que mais se vê na televisão são notícias dizendo que um "tal" jogador de futebol , vale milhões ,e ganha salários altíssimos .Comparando com o salário de um bombeiro.Isso é muito injusto.
Se s pessoas concordam com isso é porque elas não sabem a diferença entre essas profissões .
Um jogador de futebol trabalha para ele , e só está num campo , chutando uma bola, para ganhar seu salário milionário ni fim do mês .Ao contrário de um bombeiro, por exemplo ,trabalha somente para as outras pessoas .Por que um salário de oitocentos a dois mil reais , é muito pouco para um pessoa que arrisca sua vida todos os dias por pessoas que nem conhece .
Por incrível que pareça , existem também os "bombeiros voluntários ", que não recebem nenhum tipo de recompensa por realizar feitos heroicos .
Um jogador , porém , não aceitaria ficar correndo por um campo de futebol durante noventa minutos ,muito menos salvar pessoas desconhecidas de graça.
As crianças de hoje,os meninos principalmente,querem ser jogadores de futebol ,e não policiais , professores,bombeiros.
Isso acontece,muitas vezes,não por causa do salário ,mas sim por caus do reconhecimento.
Quando um goleiro faz uma defesa "espetacular" ,ele fica super conhecido e reconhecido. Por que idolatram uma coisa tão inútil?
Deveriam idolatrar um professor por formar profissionais e cidadãos.
Então , se essa troca de salários e esse reconhecimento inútil continuar,no futuro, o mundo será um caos , porque terá milhares de jogadores de futebol ,e poucos heróis.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010


Eu amo ela.....

Ela é a melhor amiga de todas.....

Eu amo ela d+++++
Ela me chama de surtada, loca, pirada, mas to nem aí ,pq eu amo ela e se ela me aguenta...
Quer dizer que ela tbm me ama...

De: Pessoa que te ama.. Helo
Para: Pessoa que eu amo.. Vick

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A AMIZADE






A amizade é uma relação afetiva, a princípio sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamentohumano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo. Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entreirmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.

A amizade pode ter como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam "melhores amigos". Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os própriosfamiliares e cônjuges, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.

Muitas vezes os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação. Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão.


CRÔNICAS



ROSAS

Foi no dia nove de agosto , eu estava na sala de casa assistindo televisão , quando de repente escutei a campainha tocar sem pa-
rar.
Fui até oa janela e puxei a cortina .
Lá fora havia uma senhora vestida de maneira incomum . Usava um gorro vermelho de lã e um casaco todo remendado . A primeira impressão que tive , foi a de que ela era uma moradora de rua,
e que estava ali para pedir comida .
Mas logo percebi que estava errada , quando ela pediu para falar comigo .
Fui até ela , abri a porta da sala , e passei pela roseira de minha mãe . Quando cheguei no portão , onde a senhora estava, ela disse:
- Que lindas flores!
Entendi aquele elogio como um pedido .
Foi então que eu peguei da roseira, três rosas brancas , e entreguei para ela.Ela sorriu , e foi embora .
Diante daquela reação , fiquei feliz em ter feito outra pessoa feliz com um gesto tão simples e comum.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010





Cyberbullyng




O cyberbullying é um tipo de bullying melhorado. É a prática realizada através da internet que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e também professores perante a sociedade virtual. Apesar de ser praticado de forma virtual, o cyberbullying tem preocupado pais e professores, pois através da internet os insultos

se multiplicam rapidamente e ainda contribuem para contaminar outras pessoas que conheçem a vítima.

Os meios virtuais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs. Além de discriminar as pessoas, os autores são incapazes de se identificar, pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. É importante dizer que mesmo anônimos, os responsáveis pela calúnia sempre são descobertos.

Infelizmente os meios tecnológicos,seriam para melhorar e facilitar a vida das pessoas em todas as áreas estão sendo utilizados para menosprezar e insultar outras pessoas. Não existe um tipo de pessoa específica para ser motivo de insultos, sendo que a invasão do e-mail ou a exposição de uma foto já é o bastante. Em relação a colegas de escola e professores, as difamações são intencionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada perante os demais.

As pessoas que praticam o cyberbullying são normalmente adolescentes sem limites, insensíveis, insensatos, inconseqüentes e
empáticos. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os praticantes podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização.


Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Falemos das flores.

Falemos das flores.

O que é uma flor?

Será esta criação vegetal que na primavera se abre do botão de uma planta?

Não: a flor é o tipo da perfeição, é a mais sublime expressão da beleza, é um sorriso cristalizado, é um raio de luz perfumado.

Por isso há muitas espécies de flor.

Há as flores do vale - mimosas criaturas que vivem o espaço de um dia, que se alimentam de orvalho, de luz e de sombras.

Há as flores do céu - as estrelas, - que brilham à noite no seu manto azul, como os olhos de uma linda pensativa.

Há as flores do ar - as borboletas, - que têm nas suas asas ligeiras as mais belas cores do prisma.

Há as flores da terra - as mulheres, - rosas perfumadas que ocultam entre as folhas os seus espinhos.

Há as flores dos lábios - os sorrisos, lindas boninas que o menor sopro desfolha.

Há as flores do mar - as pérolas, - filhas do oceano que saem do seio das ondas para se aninharem no seio de uma mulher morena.

Há as flores da poesia - os versos, - às vezes tão cheios de perfumes e de sentimentos como a mais bela flor da primavera.

Há as flores d'alma - os sentimentos, - flores a que o coração serve de vaso, e as lágrimas de orvalho.

Há as flores da religião - as preces, - modestas violetas que perfumam a sombra e o retiro.

Há as flores da harmonia - os gorjeios - que brincam nos lábios mimosos de uma boquinha sedutora.

Há as flores do espírito - os ziguezagues, - que nascem sobre o papel como rosas silvestres e sem cultura.

(Não falo dos nossos ziguezagues, que, quando muito, são flores murchas).

Há enfim uma espécie de flor que é tão rara como a tulipa negra de Alexandre Dumas, como o cravo azul de Jean-Jacques, como o crisântemo azul de George Sand.

É a flor da vida, este sonho dourado, este puro ideal a que todos aspiram e de que tão poucos gozam.

Porque a flor da vida apenas vive um dia, como as rosas da manhã que a brisa da tarde desfolha.

E quando murcha, deixa dentro d'alma os seus perfumes, que são essas recordações queridas que nos sorriem ainda nos últimos tempos da existência.

Para uns a flor da vida nasce nos lábios de uma mulher; para outros no seio de um amigo.

Feliz do caminhante que à beira do bosque por onde passa colhe esta florzinha azul, espécie de urze cingida de uma coroa de espinhos.

Muitas vezes, depois de muitas fadigas, quando já tem as mãos feridas dos espinhos, e que vai colher a flor, ela se desfolha.

O vento soprou sobre ela, ou um verme roeu-lhe os estames.

Até aqui os meus leitores têm visto o mundo pelo prisma de uma flor; mas não se devem iludir com isso.

Algum velho político de cabelos brancos lhes dirá que isto são simples devaneios de uma imaginação exaltada.

A flor é a poesia, mas o fruto é a realidade, é a única verdade da vida.

Enquanto pois os poetas vivem à busca de flores, os homens sérios e graves, os homens práticos só tratam de colher os frutos.

Eles vêem desabrochar as flores, exalar os seus perfumes, e esperam como o hortelão que chegue o outono e com ele o tempo da colheita.

E na verdade, a flor encerra sempre o germe de um fruto, de um pomo dourado, que outrora perdeu o homem, mas que é hoje a sua salvação.

A explicação disto me levaria muito longe, se eu não me lembrasse que até agora ainda não escrevi uma linha de revista, e ainda não dei aos meus leitores uma notícia curiosa.

Mas, a falar a verdade, não me agrada este papel de noticiador de coisas velhas, que o meu leitor todos os dias vê reproduzidas nos quatro jornais da corte, em primeira, segunda, e terceira edição.

Poderia dizer-lhe que depois da epidemia vai-se revelando uma outra epidemia de divertimentos, realmente assustadora.

Fala-se em clube artístico, em baile mascarado no teatro lírico, em passeios de máscaras pelas ruas, numa companhia francesa de vaudevilles, e em mil outras coisas que tornarão esta bela cidade do Rio de Janeiro um verdadeiro paraíso.

Neste tempo é que os folhetinistas baterão as asas de contentes, e não terão trabalho de escrever tiras de papel; preferirão ir ao baile, ao passeio, ao teatro, colher as flores de que hão de formar o seu bouquet de domingo.

Enquanto porém não chega esta bela quadra, essa primavera dos nossos salões, esse abril florido da nossa sociedade, não há remédio senão contentarmo-nos com o que temos, e em vez de rosas, apresentar ao leitor as folhas secas do ano.

A respeito de teatro, não falemos; é uma casa em cujo pórtico (digo pórtico figuradamente) a prudência parece ter gravado a inscrição de Dante: - Guarda e passa.

Se desprezais o aviso e entrais, daí a pouco tereis razão de arrepender-vos.

Sentai-vos em uma cadeira qualquer: a vossa direita está um gruísta; a vossa esquerda um chartonista.

Levanta-se o pano: representa-se a Norma ou a Fidanzata Corsa; canta uma das duas prima-donas, uma das duas prediletas do público.

- Bravo! grita o gruísta entusiasmado.

- Que exageração! diz o chartonista estirando o beiço.

- Divino!

- Oh! é demais!

- Sublime!

- Insuportável!

E assim neste crescendo continuam os dois dilettanti, de maneira que o vosso ouvido direito está sempre em completa oposição com o vosso ouvido esquerdo.

Cai o pano.

No intervalo conversai um pouco com os vossos vizinhos.

- É preciso ser completamente ignorante, diz o gruísta com o aplomb de um maestro, para não se apreciar a sublimidade do talento desta mulher!

Vós, meu leitor, que não quereis assinar um termo de ignorante, não tendes remédio senão confessar-vos gruísta, e em lugar de dois pontos de admiração dais três.

- Com efeito, é uma artista exímia!!!

Apenas acabais a palavra, quando o chartonista vos interroga do outro lado.

- É possível que um homem de gosto e de sentimento admita semelhantes exagerações?

Ficais embatucado; mas, se não quereis passar por homem de mau gosto, deveis imediatamente responder:

- Com efeito, não é natural.

Daí a um momento o vosso vizinho da direita retruca:

- Veja, todos os camarotes da 4a ordem estão vazios.

- É verdade!

Torna o vizinho esquerdo:

- Com esta chuva, que casa, hem!

- Boa!

Agora acrescentai a isto as desafinações do Dufrene, a rouquidão do Gentile, os cochilos do contra-regra, e fazei idéia do divertimento de uma noite de teatro.

José de Alencar - 1855